Com o encerramento das Olimpíadas Rio 2016, no último domingo (21), as atenções estarão voltadas para a décima quinta edição dos Jogos Paralímpicos, no Rio de Janeiro, o primeiro da história a ser realizado na América do Sul. O evento será o maior de todos os tempos, reunindo mais de 4 mil atletas, de 176 países, que vão competir em 22 modalidades. A abertura está marcada para o dia 7 de setembro.

 A delegação brasileira também será a maior de sua história na competição, com 278 atletas vestindo verde e amarelo. Pela primeira vez, o Brasil terá representantes em todas as modalidades.  Ao todo, serão 181 homens e 97 mulheres brigando por medalhas. Dois esportes vão estrear nessa edição da competição: a canoagem e o triatlo.

A primeira edição dos Jogos Paralímpicos foi realizada em Roma, em 1960. Disputam as provas atletas com deficiências físicas (de mobilidade, amputações, cegueira ou paralisia cerebral), além de pessoas com deficiência intelectual.

Para o Coordenador Nacional de Educação Física, Desporto e Lazer da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), Roberto Antonio Soares, a superação dos atletas em cada competição é um dos principais atrativos das paraolimpíadas.  Todos deveriam acompanhar as diversas modalidades dos jogos, pela sua magnitude e significado. As experiências devem ser vistas pelo público e compartilhadas com seus pares, pois enriquecem culturalmente e quebram diversos paradigmas, ressaltou Roberto.

Mesmo com tantos atrativos para o evento, a procura do público por ingressos tem sido baixa. A duas semanas da abertura dos jogos, apenas 12% do total de ingressos disponíveis foram vendidos. Roberto Soares explica que as paraolimpíadas deveriam ocorrer simultaneamente ás Olimpíadas, além de dispor de mais investimento para divulgação.

Para o coordenador da área, os Jogos Paralímpicos Rio 2016 podem trazer visibilidade para outras questões além do esporte, como acessibilidade, luta por inclusão e respeito aos direitos das pessoas com deficiência. O evento como as paraolimpíadas tem o poder de transformação através da mídia, da massificação do esporte e os reflexos destas mudanças podem ser mensurados na valorização e respeito com o indivíduo e suas potencialidades, o respeito e compreensão das diferenças que existem entre seres humanos.

Roberto Soares não tem dúvidas de que a paraolimpíada pode incentivar o surgimento de mais atletas. Para iniciar uma prática temos que ter oportunidades, ser motivados para experimentar novas propostas. São muitos os benefícios para as pessoas com deficiência que praticam esporte, podemos citar alguns: melhora do nível de condicionamento físico, melhora da autoestima, melhora da qualidade de vida e oportunidade de sociabilização concluiu.

*Crédito das Fotos: https://www.rio2016.com/