Com o objetivo de fortalecer cada vez mais o movimento apaeano em todo o país, o presidente e o vice-presidente da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), José Turozi e Nilson Ferreira, respectivamente, estiveram em Roraima nesta semana cumprindo uma série de compromissos institucionais. A assessora técnica de Assistência Social da organização, Ivone Maggioni Fiore, fez parte da comitiva. O Estado foi o último a fundar uma unidade da Apae e hoje conta com as de Boa Vista e Alto Alegre, fundadas em 2016 e 2021, respectivamente.

A primeira agenda aconteceu em Alto Alegre, na terça-feira (22), quando Turozi e Nilson foram recepcionados pelos colaboradores e pelas famílias assistidas pela Apae do município. Fundada há menos de um ano, a associação começou a ofertar, em abril deste ano, os atendimentos de assistência social, educação e saúde. Segundo a presidente da Apae local, Erisvalda Pedroso, são 82 famílias assistidas, incluindo de comunidades indígenas da região.

A cerimônia ocorreu na sede da entidade e contou com a participação do presidente José Turozi, do vice-presidente Nilson Ferreira e da assessora técnica Ivone Fiore; do presidente da Apae de Boa Vista, Bruno Perez, que conduziu o processo de implementação do movimento apaeano em Roraima; de Erisvalda e Assis Pedroso, pais de uma pessoa com deficiência e que foram responsáveis pela criação da Apae de Alto Alegre; da deputada estadual Yonny Pedroso; da vice-prefeita e secretária de Educação, Simone Friedrich; do presidente da Câmara Municipal, vereador Kiko Melo; além de empresários e demais autoridades locais. Durante o evento, os assistidos fizeram duas apresentações: “O poema da inclusão” e “Desafiando limites” – esta pelo coral. Houve também a “Dança dos Parixaras”, da comunidade indígena de Sucuba.

Em seu discurso, o presidente José Turozi ressaltou que ficou emocionado com a receptividade da Apae de Alto Alegre com a comitiva da Fenapaes, e disse que, diante do esforço da instituição, conduzida por Erisvalda, a Apae do município alçará novos voos. O líder do movimento apaeano pontuou ainda que, desde 2018, a Fenapaes passou a ter um olhar especial para as regiões Norte e Nordeste, “onde o movimento apaeano ainda está crescendo, mas tem um grande potencial”.

“Que a gente possa ter um olhar diferenciado para Roraima, para que nós possamos aumentar o atendimento às pessoas com deficiência no Estado. Nós, da Federação Nacional, colocamos à disposição para que isso seja efetivado”, afirmou. “E espero que, no ano que vem, a gente tenha uma terceira, uma quarta, uma quinta Apae, e possa, inclusive, com o apoio e a liderança do nosso amigo Bruno Perez, organizar a Federação das Apaes do Estado de Roraima (Feapaes-RR) e, assim, dar um suporte maior em prol do desenvolvimento do movimento apaeano no Estado”, acrescentou.

O vice-presidente Nilson Ferreira também manifestou a sua alegria com o evento realizado pela Apae de Alto Alegre, “pois das viagens que fazemos por todo o Brasil, aqui foi uma das maiores surpresas que tivemos. Porque nós vemos no semblante de vocês a vontade de fazer acontecer, de que a Apae funcione”. Nilson aproveitou ainda para destacar a necessidade de uma gestão de eficiência e qualidade e da aproximação com os poderes.

“Nós precisamos nos organizar para que passamos ter recursos da política pública também, pois viver apenas de doações, apesar de importantes, é difícil manter uma Apae em funcionamento”, disse. “A Federação Nacional das Apaes estará, sim, junta com vocês. Agora, precisamos que se organizem para que nós possamos ajudá-los a crescer. Nós queremos que a Apae de Alto Alegre seja o expoente do interior de Roraima”, acrescentou.

Anfitriã do encontro, Erisvalda Pedroso agradeceu a Turozi e Nilson pelo apoio e pela dedicação da Fenapaes para a implementação da Rede Apae em Roraima, principalmente em Alto Alegre. Em seu pronunciamento, a gestora sublinhou que “a Apae é mais do que acolhimento técnico, é amor”.

“Digo isso porque sou mãe de uma pessoa com deficiência, e sei da importância dos trabalhos que as Apaes ofertam”, salientou Erisvalda, que prevê, até o fim de sua gestão, uma estrutura grande para a Apae de Alto Alegre. “A Apae é isso: união, força, amizade. E mais do que palavras, é ação”, sustentou Bruno Perez.

Conhecimento

O segundo compromisso aconteceu em Boa Vista, na quarta-feira (23). Pela manhã, no Teatro Municipal, a equipe da Apae Brasil ministrou uma palestra para os gestores e colaboradores das duas Apaes, bem como para a de Cantá, que está em fase de criação. O presidente José Turozi apresentou a estrutura da Fenapaes e os trabalhos desenvolvidos pela organização em benefício do aperfeiçoamento das Apaes.

O vice-presidente Nilson Ferreira reforçou o compromisso da Federação Nacional em elevar os serviços ofertados pelas Apaes nas inúmeras áreas, por meio de gestão eficiente e transparente. Como exemplo de ações, citou o programa Capacita Apae Brasil, que desde 2019 tem ampliado o nível de conhecimento de presidentes, gestores, profissionais das áreas técnicas e voluntários. Além disso, frisou a importância do engajamento ativo com autoridades dos poderes Executivo e Legislativo a fim de firmar parcerias e, consequentemente, expandir as atividades e os projetos sociais das Apaes.

Já Ivone Maggioni Fiore explicou o funcionamento da Rede Apae, apresentando, por exemplo, o projeto de unicidade e organicidade, bem como os trabalhos feitos nas mais diversas frentes ao longo dos últimos anos com o propósito de garantir esse objetivo. Um desses é o documento norteador “Política de Atenção Integral e Integrada da Rede Apae”, disponível gratuitamente no site da Apae Brasil.

Parcerias

A terceira agenda foi na Prefeitura de Boa Vista, onde a comitiva apaeana foi recepcionada pelo prefeito Arthur Henrique, pela primeira-dama Nathália Cortez e pelas secretárias Consuelo Sales (Educação e Cultura), Janaína Pimentel (Gestão Social) e Regiane Matos (Saúde). O presidente da Apae local, vereador Bruno Perez, intermediou o encontro.

Na ocasião, o presidente José Turozi destacou o trabalho desenvolvido pela Rede Apae em todo o Brasil para as pessoas com deficiência, seja por meio dos serviços ofertados pelas Apaes, seja na luta por direitos e garantias. O líder do movimento apaeano, no entanto, acrescentou que, apesar da dedicação e do trabalho ímpar dos presidentes, gestores, colaboradores e voluntários das Apaes, o poder público também tem papel primordial na promoção da melhor qualidade de vida das pessoas com deficiência.

“Estamos em 2.224 municípios das cinco regiões do país. Hoje, assistimos 1,3 milhão de pessoas com deficiência e suas famílias, realizando aproximadamente 25 milhões de atendimentos por ano nas áreas de assistência social, educação, saúde, trabalho, arte, esporte, entre tantas outras. Então, nos municípios, nós buscamos firmar parcerias para que possamos ter melhor viabilidade financeira e, consequentemente, dar continuidade aos projetos sociais idealizados pelas Apaes. Pensando nisso, estamos aqui para falar da importância de a Prefeitura de Boa Vista pensar em construir uma parceria com a Apae do município, tanto para aprimorar os serviços quanto para pensarmos em políticas públicas. Além disso, esperamos contar com seu apoio e sua liderança, junto com os demais prefeitos, para que a população de Roraima possa conhecer o trabalho que realizamos”, afirmou Turozi, reforçando também a necessidade de integrar o governo do Estado nas ações.

O prefeito Arthur Henrique enfatizou que as causas das pessoas com deficiência fazem parte do seu plano de ações do mandato. Animado com a proposta, o gestor se colocou à disposição para construir, em parceria com a Fenapaes e a Apae da cidade, um plano de atendimento moderno e integrado voltado às pessoas com deficiência.

Primeira unidade

Fechando a agenda de compromissos, o presidente José Turozi, o vice-presidente Nilson Ferreira e a assessora Ivone Maggioni Fiore conheceram as instalações e os serviços oferecidos pela Apae de Boa Vista, a primeira unidade do movimento apaeano em Roraima. Atualmente, a instituição, que está em processo de ampliação da sede, que é própria, assiste cerca de 150 pessoas com deficiência, realizando 500 atendimentos por semana. Uma das metas da organização é criar uma escola de educação especial.