Com o número crescente de pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil, a neuropsicóloga Fabiana Lisboa, em conjunto com a Editora Cantinho do Psicólogo, desenvolveu um recurso terapêutico para auxiliar psicólogos, professores, terapeutas ocupacionais e profissionais que trabalham na área para a identificação dos sinais precoces do transtorno.
O material é composto por um baralho com perguntas a respeito de comportamentos específicos. As cartas falam sobre psicoeducação e contém dicas de como o profissional pode conduzir a terapia dependendo dos comportamentos que forem identificados.
Uma outra possibilidade de utilização é por professores e coordenadores escolares. O recurso possibilita aos profissionais traçar um perfil claro e objetivo da criança quando houver a necessidade de construção do planejamento educacional individualizado (PEI).
“Na educação especial, nós temos o diagnóstico, mas cada pessoa é única”, afirma Fabiana. “Entender para além do diagnóstico ajuda a fazer um planejamento de intervenção individualizado e uma reabilitação ou modificação comportamental nessas pessoas”, completa.
Diagnóstico precoce
Segundo a neuropsicóloga, há uma certa dificuldade dos profissionais em visualizar sinais e sintomas para fechar um diagnóstico precoce. Infelizmente, a maior parte das crianças são diagnosticadas somente por volta dos 4 ou 5 anos de idade e, muitas vezes, perdem janelas de oportunidade cerebrais de desenvolvimento fundamentais.
“Com os avanços da neurociência, sabe-se que, quanto mais nova é a criança, maiores são as chances de modificações comportamentais. Quanto mais precoce o diagnóstico for feito, maior a possibilidade de um prognóstico melhor para essas pessoas no futuro”, afirma a neuropsicóloga. Segundo ela, a maioria das crianças só são encaminhadas para uma avaliação neuropsicológica e diagnóstica quando entram no meio escolar e as famílias são sinalizadas pela própria escola.
Fabiana Lisboa atua no movimento apaeano há mais de 10 anos. Em Alagoas, criou e idealizou o Centro Unificado de Integração e Desenvolvimento do Autista, que atende diretamente 160 crianças diagnosticadas dentro do espectro. “Todos os estudos e o que eu aprendo diariamente com essas famílias por meio da Apae me ajudaram na construção desse material”, afirma a autora.
O box pode ser adquirido nas lojas físicas do Cantinho do psicólogo ou comprado virtualmente pelo site www.cantinhodopsicologo.com.br. Para maiores informações, siga a editora no Instagram @cantinhodopsicologo.